O que precisa saber
Pagar todos os impostos em uma única guia e pagar menos tributos do que em outros regimes. Essas duas facilidades fizeram do Simples Nacional a escolha preferida de muitos micro, pequenos e até médios empresários.
Criado pela Lei Complementar nº 123 de 2006, o Simples Nacional permite que diversos impostos federais, estaduais e municipais sejam pagos de uma só vez, em um único boleto.
Em resumo, é uma forma mais fácil e menos complicada de lidar com os tributos, ajudando a reduzir a burocracia no dia a dia das empresas.
Muitos empreendedores acreditam que, por estarem no Simples Nacional, não precisam de um contador. Mas essa é uma percepção perigosa. Contar com um profissional contábil oferece vantagens importantes:
Organização fiscal e contábil: Um contador garante que todas as obrigações acessórias sejam cumpridas no prazo e de forma correta, evitando problemas com o Fisco.
Economia de tempo: Com um contador cuidando da parte burocrática, o empreendedor pode focar no crescimento do negócio.
Aproveitamento de benefícios fiscais: Profissionais de contabilidade conseguem identificar formas legais de reduzir a carga tributária, otimizando os lucros.
Planejamento financeiro: Além dos tributos, o contador auxilia no controle de despesas, fluxo de caixa e planejamento para investimentos futuros.
Apesar da promessa de simplificação, o Simples Nacional não é isento de regras. A ausência de um contador pode trazer sérios riscos, como:
Multas e autuações: Omissão ou envio incorreto de declarações, como o DEFIS ou o PGDAS-D, pode gerar penalidades pesadas.
Erros no cálculo de tributos: Mesmo com a unificação dos impostos no DAS, o cálculo correto depende da atividade da empresa e da alíquota progressiva — um erro pode significar pagamento a maior ou a menor.
Falta de controle financeiro: Sem orientação contábil, muitos empresários não têm clareza sobre o real lucro da empresa ou sobre sua saúde financeira.
Problemas com obrigações trabalhistas: Sem um contador, é comum que empresas descumpram regras relacionadas a funcionários, o que pode gerar ações judiciais e altos custos com indenizações.
O Simples Nacional organiza a forma de cobrança dos tributos em tabelas chamadas de “anexos”, que variam conforme o tipo de atividade exercida pela empresa. Cada anexo tem faixas de faturamento anual e alíquotas diferentes, que indicam o percentual de impostos que o negócio deve pagar mensalmente.
Ao todo, o Simples Nacional é dividido em cinco anexos.
Se você quer pagar seus tributos corretamente e evitar problemas com o Fisco, é fundamental entender onde sua empresa se encaixa. Vamos te mostrar como isso funciona!
Este anexo é destinado às empresas comerciais, ou seja, que compram e revendem produtos.
Exemplos: mercados, lojas de roupas, papelarias, lojas de eletrônicos.
Alíquotas: variam de 4% a 11,61%, dependendo do faturamento dos últimos 12 meses.
Voltado para empresas industriais, que atuam com produção ou transformação de bens.
Exemplos: fábricas, indústrias alimentícias, confecções.
Alíquotas: vão de 4,5% a 12,11%.
Abrange prestadores de serviços com atividades mais ligadas ao comércio ou que possuem menor complexidade técnica.
Exemplos: salões de beleza, clínicas odontológicas, academias, empresas de manutenção.
Alíquotas: vão de 6% a 17,42%.
Observação: Algumas empresas podem migrar do Anexo III para o Anexo V dependendo do Fator R (falaremos disso mais abaixo).
Inclui empresas prestadoras de serviços que têm mão de obra mais intensiva e obrigações trabalhistas mais relevantes. Aqui, a empresa não recolhe a parte patronal do INSS pelo Simples, precisando pagar separadamente.
Exemplos: empresas de limpeza, vigilância, construção civil, advocacia.
Alíquotas: de 4,5% a 16,85%, mas com a adição do INSS patronal fora do DAS.
Voltado a atividades intelectuais ou que exigem qualificação técnica especializada. Este anexo costuma ter as maiores alíquotas dentro do Simples Nacional.
Exemplos: empresas de TI, consultorias, engenharia, arquitetura, publicidade, auditoria.
Alíquotas: de 15,5% a 30,5%, dependendo do faturamento.
💡 Importante: Empresas enquadradas nos Anexos III ou V podem mudar de tabela conforme o Fator R, que é um cálculo que compara a folha de pagamento com o faturamento bruto da empresa. Se mais de 28% da receita é usada para pagar salários, a empresa pode pagar menos impostos ao ficar no Anexo III.
A definição do anexo depende da atividade principal registrada no CNPJ, mas também pode ser influenciada pela forma como o serviço é prestado e pela proporção da folha de pagamento.
Por isso, é essencial contar com o auxílio de um contador, que saberá analisar corretamente a classificação e calcular os tributos conforme a lei.
Mesmo as empresas optantes pelo Simples Nacional precisam cumprir obrigações relacionadas ao e-Social. O sistema do governo federal centraliza o envio de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, e todas as empresas com empregados devem utilizá-lo.
O e-Social exige o envio de dados como:
Admissão e demissão de funcionários;
Folha de pagamento;
Jornada de trabalho;
Contribuições previdenciárias;
Recolhimento do FGTS.
A não entrega ou o envio com erros dessas informações pode acarretar multas automáticas, além de prejudicar o empregado nos seus direitos trabalhistas.
Mesmo sendo um regime simplificado, o Simples Nacional exige disciplina, conhecimento técnico e atenção às obrigações legais. Ter uma contabilidade especializada ao lado é fundamental para garantir a conformidade da empresa, evitar prejuízos e assegurar o crescimento sustentável do negócio.
Se você quer focar no que realmente importa — o crescimento da sua empresa —, considere contar com o apoio de um contador. Ele não é apenas um profissional para “fazer imposto”, mas um aliado estratégico na saúde e no sucesso do seu negócio.
Oferecemos soluções contábeis especializadas para diferentes setores, garantindo eficiência, segurança e conformidade fiscal para o seu empreendimento.
O Fator R é uma fórmula que compara o total da folha de pagamento com o faturamento da empresa.
Se a sua empresa usa mais de 28% da receita para pagar salários, é possível mudar de anexo e reduzir os impostos.
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Entender os anexos é só o primeiro passo. Um erro de enquadramento pode gerar multas, autuações ou até prejuízos financeiros. Com a ajuda de um contador, sua empresa evita problemas e aproveita todas as oportunidades de economia legal.
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